segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Coluna do Prof. Esp. Rodrigo Ferrari

Barcelona, show de futebol.
    Meu amigo Pedroso me questionou o que tem de tão especial essa equipe do Barcelona. Como um time consegue manter tanto a bola consigo e fazer gols sem ninguém fixo, enfiado lá na frente? Pois é meu amigo, também fico abismado ao ver essa grande equipe jogando, e por isso tentarei responder tuas indagações.
   O Barcelona utiliza-se dos passes com uma precisão cirúrgica, a média de passes errados é baixíssima. Nesse quesito vejo três (3) pontos fundamentais:
1. A qualidade técnica alta dos jogadores;
2. A movimentação na busca de aparecer para o jogo, ou seja, linhas de passe;
3. O treinamento em espaços reduzidos e com pequeno número de toques na bola. Mini campo e jogos de 1, 2 e 3 toques, além claro, de todos os trabalhos realizados dentro da metodologia da periodização tática.
     Já o fato de não ter um atacante enfiado, é bem simples de explicar. Quando existe um entendimento tático avançado dos jogadores, o jogo vira uma ocupação de espaços vazios. Uma hora é o Messi que aparece de atacante, depois o Fabregas, até o Daniel Alves entra em diagonal, de surpresa. Mas enquanto um aparece perto do gol, outro atleta cumpre a sua função de origem. A verdade, no meu ver, é que o Barcelona joga sim com atacantes, porém, a grande variação de movimentos faz com que se alterne o jogador.
Outro ponto diferencial do “Barça” é a pressão em cima do jogador adversário que está com a bola, fechando as linhas de passe e obrigando-o a dar o balão ou arriscar o drible, drible esse que só um gênio consegue fazer, pois normalmente três (3) jogadores fecham o cerco. Assim o Barcelona retoma a posse rapidamente e consegue utilizar-se do passe, quesito este, já comentado acima.
     Para finalizar essa coluna, me permito frisar que Xavi, Iniesta e Messi são jogadores de nível técnico-tático diferenciado, e somado aos demais atletas que também não são nada “bobos”, a equipe fica muito competitiva. Todos os atletas do “Barça” tem um comprometimento de invejar, pois marcam com muita volúpia e quando roubam a bola aparecem para jogar, não se escondem. Repito, TODOS os atletas marcam e aparecem para jogar. Enfim pessoal, somando-se a qualidade técnica, a inteligência tática, o treinamento qualificado e a vontade de jogar, fica quase impossível vencer essa equipe.


Prof. Esp. Rodrigo Ferrari
Educador Físico
CREF 8845G/RS

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