sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Coluna do Bernardo S. Pozza

Boa noite. Minha segunda postagem é sobre uma coluna que fiz faz algum tempo mas achei muito boa.

Visitante tímido
Perder fora de casa já virou rotina para quem acompanha o Grêmio. Com breves exceções, que podem ser contadas em uma única mão, ganhou somente do Bahia, Atlético PR, Santos e Avaí. Está entre os times, que tem os piores aproveitamentos fora de casa no Campeonato Brasileiro, na frente somente de equipes que lutam na ponta de baixo da tabela, somando meros 34,4% com incríveis 10 derrotas, 3 empates e 4 vitórias. Já em casa, existe outro Grêmio. Um time mais aguerrido, forte, e também mais técnico. Derrubou em seus domínios, times que estão disputando o título do campeonato e vagas na Copa Libertadores da América. São Paulo, de Lucas, Flamengo de Ronaldinho, Vasco de Diego Souza e cia e Santos, que mesmo na ocasião sem Neymar e Ganso, é o atual campeão da Libertadores. Suas únicas presas foram Botafogo, Figueirense e Corinthias, que com Loco Abreu, Souza e Wellington fizeram o que poucos conseguiram, vencer o tricolor da azenha, aplicando 1 x 0, 3 x 1 e 2 x 1 respectivamente. Foram noites em que nada deu certo, levando a parecer que estava jogando fora de casa. Chega com isso, a mais de 60% de aproveitamento, com 9 vitórias 4 empates e 3 derrotas, números mais altos que o do líder Corinthias. Resumindo superficialmente, vem acumulando jogos ruins fora de casa e bons jogos em seu território. (na maioria das vezes)
O engraçado é, que o Grêmio não começa jogando mal fora de casa, mas acaba quase sempre com a derrota. Exemplo disso foi o jogo contra o Cruzeiro, na cidade de Sete Lagoas, em que perdeu de 2 x 0 com show do argentino Montillo, ainda na breve passagem de Julinho Camargo pelo clube. No inicio da partida, o time gremista jogava bem, trocava passes sem (quase) erros, chegava à meta de Fábio com certa facilidade, chegando a encurralar o Cruzeiro em seu próprio campo, mas o gol não saia de jeito nenhum. Por quê? Azar, má sorte? Não. É ai que chegamos ao ponto crucial: Falta de ataque QUALIFICADO. 
Como muitos torcedores costumam dizer, eu reforço ainda mais na minha coluna, que existem jogadores do Grêmio que não merecem vestir o manto. Não por falta de vontade, mas sim por não terem qualidade suficiente para que tenham essa chance. Entretanto, alguns, por graças da massa gremista, deixaram o estádio Olímpico, caso de Lins, Roberson, Bérgson, Junior Viçosa, Leandro e Borges, este último, que agora está arrebentando no Santos e estava jogando uma bola murcha aqui no Sul. Diego Clementino e Brandão têm seus dias contados enquanto André Lima, querido pela comissão técnica e Mirrales, que vem se reabilitando após um começo conturbado, devem ser os possíveis sobreviventes dessa faxina no elenco. 
Faltando cinco rodadas para acabar o Brasileirão, 2011 já esta no fim e mudanças nesta postura de visitante, que de ano em ano vem se repetindo, tem de mudar. Pensando nisso, que o Grêmio contratou o diretor de futebol Paulo Pelaipe, homem definido como o dos reforços. Foi ele quem trouxe figuras como de Mano Menezes, Victor, Réver, Diego Souza e Jonas, importantes nomes importantes da recente historia gremista. A direção, obviamente está pensando em 2012, e especula nomes como Kléber, o gladiador, Chicão, a volta de Jonas e Carlos Eduardo, e muitos outros nomes que surgirão com o passar da janela de transferências. 
O ano de 2011 não pode ser dado como um fracasso total e ser colocado no lixo. Foram quase 365 dias de aprendizagens, experiências, em que a torcida pode se vingar de Ronaldinho num Olímpico lotado, aplicando uma virada fantástica de 4 x 2, a vitória no Gre-Nal e a visão de um futuro melhor. Resta agora, para o torcedor gremista, pensar que 2012 está logo ali e torcer para que o Grêmio volte a ganhar títulos importantes, após 10 anos de seca. O certo é, que onde quer que jogue, não seja tímido, jogue para vencer.

Feliz Natal

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