terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sorondo aumenta lista de ‘vira-casacas’ no futebol gaúcho

Sorondo marca para o Inter (Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)Sorondo defenderá o Grêmio em 2012
(Foto: Lucas Uebel / VIPCOMM)
    Uma das maiores rivalidades do planeta inibe que atletas rumem do Beira-Rio para o Olímpico, e vice-versa. Nos mais de 100 anos de duelos entre azuis e vermelhos, há casos de “vira-casacas”, mas a situação está longe de ser rotineira. Sorondo, ex-Inter, anunciado pelo Grêmio nesta terça-feira, engorda uma lista que ganhou os estrangeiros como expoentes nos últimos anos.
   Outros três gringos viveram situação parecida na década passada. O primeiro foi Gavilán. Contratado pelo Inter em 2003, o paraguaio parou no Grêmio em 2007, mas antes passou pelo Newell’s Old Boys. A troca foi mais radical no caso do lateral-esquerdo Hidalgo, campeão mundial com o Colorado em 2006, que rumou para o Olímpico no ano seguinte, logo depois de ser dispensado no Beira-Rio.
      Com Bustos, o caminho foi inverso. O lateral-direito colombiano primeiro defendeu o Grêmio, em 2007. E depois, no ano seguinte, rumou para o Inter, onde firmou contrato de quatro anos para ficar escanteado, sem jogar.
     O caso de Sorondo teve uma situação parecida, mas inversa, no ano passado. O zagueiro Rodrigo, dispensado pelo Grêmio, foi contratado pelo Inter. A exemplo do uruguaio, ele conviveu com problemas clínicos e não teve o contrato renovado neste final de ano.
Tinga apresentado no Internacional  (Foto: Alexandre Alliatti / GLOBOESPORTE.COM)
Tinga, colorado desde criança, se criou no Grêmio e
então foi para o Inter
O Inter tentou beber na fonte do sucesso do Grêmio dos anos 90. Dois dos titulares do time campeão da Libertadores
de 1995 defenderiam o Colorado nos anos seguintes: primeiro Arilson, depois Carlos Miguel. A equipe de Luiz Felipe Scolari tinha Adílson como capitão. Ele havia defendido o Inter em 1994.
  Um dos casos mais emblemáticos envolveu o centroavante Christian. Ídolo do Inter nos anos 90, ele rumou para o Grêmio na década seguinte. E fez, justamente em um Gre-Nal no Beira-Rio, um gol decisivo para o Tricolor não ser rebaixado no Brasileirão de 2003. Quando o camisa 9 retornou ao Inter, em 2007, conviveu com a antipatia de boa parte da torcida, justamente por causa da troca.
       Por tricolores e colorados centralizarem o futebol gaúcho, é comum meninos torcerem para um clube e serem criados em outro – especialmente em casos de reprovação em testes no time do coração deles. O atual elenco do Grêmio tem Fábio Rochemback, gremista de infância, mas formado no Inter; o grupo vermelho tem Tinga, criado no Grêmio, mas colorado desde bebê.
      A história tem outros casos, mais antigos: Russinho, nas décadas de 30 e 40, o goleiro Manga nos anos 70, Mário Sergio, Bonamigo, Batista, Kita e Geraldão nos anos 80, Zé Alcino, Mauro Galvão e Fábio Pinto na década passada.
    A situação envolve também treinadores. Emerson Leão terminou 1999 no Inter e começou 2000 no Grêmio. Celso Roth costuma pular de um clube para outro - foi demitido no Beira-Rio no primeiro semestre de 2011 e logo foi para o Olímpico. Antes de ele chegar, curiosamente, o comandante tricolor foi Julinho Camargo. Que era auxiliar de Falcão no Inter...
Globoesporte - (Foto:GLOBOESPORTE.COM)

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