sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Contrato com a Andrade Gutierrez é aprovado pelo Conselho Deliberativo do Inter


    O Conselho Deliberativo do Inter optou pela parceria com a construtora Andrade Gutierrez aprovando a minuta do contrato do projeto de reforma do Beira-Rio para a Copa do Mundo. O contrato foi votado na noite desta quinta-feira e aprovado pela grande maioria dos conselheiros. As obras na casa colorada devem reiniciar em meados de janeiro de 2012.     Antes da votação, foi realizada a apresentação da proposta de parceria. Em seguida, cada um dos conselheiros teve o direito de falar por cinco minutos. Por fim, ocorreu a votação, um a um, por ordem de chegada, com a decisão anunciada no microfone.
    Uma das vozes mais atuantes, contrárias a aprovação do contrato, é do ex-presidente Vitório Píffero, dizendo, entre outras coisas, que o “clube está se acovardando" ao assinar com a AG em vez de tocar as obras com recursos próprios. Segundo ele, faltará dinheiro para o futebol já a partir de 2012. "Contrato da AG, em setembro do ano passado, era ruim. Agora, é péssimo. Não li a minuta, sei que o negócio é péssimo", disse.
    O maior temor daqueles que se posicionam contrários ao projeto é o ponto do contrato que permite que a construtora Andrade Gutierrez abandone a parceria em até 100 dias. Vale lembrar que a empresa decidiu bancar apenas 20% dos R$ 290 milhões estipulados para a reforma. Ela busca novos investidores. Se não encontrar, terá o direito legal de desistir do negócio.

Principais Pontos

  • A parceria será por 20 anos
  • A reforma do Beira-Rio custará R$ 330 milhões
  • O Inter aportará R$ 26 milhões, mais o reembolso à construtora de R$ 8 milhões das suítes e camarotes vendidos e R$ 14 milhões que já foram investidos nas fundações da cobertura
  • O CT não será erguido com dinheiro da AG, mas, sim, através da captação de recursos embasados na Lei do Incentivo ao Esporte
  • As novas áreas construídas, como suítes, camarotes e sky boxes, serão exploradas pela construtora
  • A AG também terá a publicidade estática do estádio
  • A empreiteira poderá de negociar o nome do estádio, que passará a se chamar Beira-Rio mais o nome da empresa compradora
  • A AG tem até 100 dias após a assinatura do contrato para desistir do negócio. A rescisão pode ser feita caso financiamento ao BNDES não seja obtido, ou a Fifa retire o estádio da Copa
  • A AG dividirá com o Inter as datas para uso do Beira-Rio. Jogos oficiais têm prioridade
(Diário de Canoas)

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