Recheada de detalhes, a minuta entre Inter e Andrade Gutierrez para a reforma do Beira-Rio, que passará a ser analisada pelos conselheiros do clube a partir de amanhã, com votação marcada para o dia 15, às 20h, apresenta algumas cláusulas que podem espantar o torcedor comum.
Uma delas aponta que a empreiteira possa rescindir o contrato após 100 dias da assinatura, caso não obtenha financiamento do BNDES ou perca os incentivos fiscais estatais, por exemplo. Além disso, a AG pode rescindir caso o Beira-Rio perca o status de "estádio da Copa" e Porto Alegre. Consta em contrato tal exigência.
O valor da obra também mudou. Aumentou. Devido ao atraso na assinatura, os valores foram corrigidos de R$ 290 milhões para R$ 330 milhões.
Ainda que assegurados os benefícios para quem for reformar ou construir estádios para a Copa do Mundo, a construtora terá que buscar uma linha de crédito e investidores (já teria assegurado dois parceiros) que banquem a obra reavaliada em R$ 304 milhões - valor que a empreiteira aportará, sem contar os R$ 26 milhões que o Inter colocará no negócio. O valor da reforma do Beira-Rio representaria apenas 1% do que a Andrade Gutierrez busca anualmente junto ao BNDES em financiamentos.
Um conselheiro, com acesso à explanação dos advogados da AG sobre a minuta, confirma a existência desta cláusula e admite:
- Este contrato com a Andrade Gutierrez é como bula de remédio: se você for pensar em todos os efeitos colaterais que ela contém, você morre antes mesmo de tomar a medicação.
Em caso de ruptura de contrato, o Inter teria apenas R$ 26 milhões para bancar a reforma - verba oriunda da venda do estádio dos Eucaliptos. Com este dinheiro é possível concluir todo o anel inferior de arquibancadas, a social (parcialmente demolida) e a geral.
blog dupla explosiva
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