sábado, 17 de dezembro de 2011

Dorival curte praia com família e faz balanço do ano: 'Futebol não é tenso'

                            Dorival Júnior técnico do Inter praia Florianópolis (Foto: Alvarélio Kurossu / Agência RBS) 
   De férias em Jurerê Internacional, em Florianópolis, o técnico Dorival Júnior tenta esquecer a tensão diária do futebol após uma temporada desgastante com uma rotina doméstica. Aproveita a casa, praia e família, mas mantém contato com a bola, em eventuais peladas com amigos. É assim que treinador do Inter tem passado os dias, com a esposa Valéria, além dos filhos Bruno, Gabriela e Lucas, auxiliar-técnico do pai no clube gaúcho.
    - Estou bem tranquilo, tentando me adaptar, reconhecendo novamente a casa. É importante esse período para tentar compensar tudo aquilo que foi o ano. Futebol não é tenso. O ambiente de futebol é que está deixando todo mundo tenso. Não tinha necessidade para tanto - contou Dorival.
     Exigente, Dorival vive dois sentimentos opostos pela campanha que realizou frente ao Inter nestes quatro meses de trabalho. Felicidade, por ter classificado o time para uma nova Libertadores, mas há também a sensação de frustração. Crê que a equipe estava desempenhando atuações que a credenciariam a disputar o título do Brasileirão.
    Em entrevista exclusiva para o GLOBOESPORTE.COM, o treinador colorado fez um balanço desses quatro meses frente ao Inter e falou dos anseios para a nova temporada.
>A classificação para a Libertadores foi na última rodada do Brasileirão e ainda em cima de um Gre-Nal. Ficou satisfeito com a campanha do Inter? 
Dorival - Não tenha duvida que foi difícil, mas o Inter poderia ter ido mais longe. Só mesmo um esporte como o nosso que é o futebol proporciona esse tipo de emoção. A classificação nos dá um objetivo. Acho que o torcedor está satisfeito com aquilo que o Inter produziu. Foi um grande resultado. Mas na minha concepção, há o ponto de frustração.

                         

>Quando o Inter foi derrotado pelo Flamengo e perdeu a chance de conquistar vaga na Libertadores sem depender de resultados paralelos, teve receio de não conseguir esse objetivo? 
Dorival - Sempre tive muita confiança, a partir do futebol que o time estava desempenhando. Em momento algum, baixei a guarda. Tinha muita confiança.

>Tendo em vista que você iniciará o ano no comando do Inter e que não pegará um trabalho em desenvolvimento, o que esperar da próxima temporada? 
Dorival - Não quero fazer previsão alguma. Prefiro deixar as coisas acontecerem. Fica difícil prever, tentar imaginar. Quero os melhores resultados possíveis. Fazer de tudo para ter um ano pelo menos igual a esse que foi.

>Em quatro meses de Inter, como foi a adaptação ao clube e a Porto Alegre? 
Dorival - Fiquei contente com tudo que vi, com o carinho recebido (da torcida). Logicamente, tudo isso tem que ser alimentado com bom trabalho, dedicação ao clube. Espero poder continuar até o final (o contrato vai até dezembro de 2012).

>O D’Alessandro teve um crescimento grande na reta final do Brasileirão, especialmente no Gre-Nal.  
Dorival - Foi bastante mesmo. Mas cada jogador teve participação importante. O Oscar teve crescimento muito grande. Conseguimos regularidade dos laterais e da nossa zaga. No fim, todos ajudaram para que isso tudo se confirmasse. Em relação ao Leandro Damião, já esperávamos que ele teria dificuldade após a lesão. Não voltou do mesmo nível e assim mesmo foi importante.

                         

>E quanto aos “veteranos” do time? Durante a temporada, foram criticados e muito foi falado em renovação. Qual a importância que eles tiveram, como o Bolívar, que chegou a ser afastado? 
Dorival - Isso é normal. Poucas equipes têm jogadores com tanta responsabilidade e identificação com o clube como tem o Inter. Por isso temos que ter muito cuidado (com a renovação).
Deve ter sido um momento difícil para o Bolívar. Mas voltou forte, ajudando a equipe.

>Com um ataque com Dagoberto e Damião, é possível projetar um time com esquema mais ofensivo para 2012? 
Dorival - Não quer dizer que vai ficar mais ou deixará de ser ofensivo. Sempre armei time ofensivo. Não é qualquer equipe que alcança o terceiro melhor ataque do Brasileirão. Mas claro que a expectativa é grande no momento que tiver as peças.

Globoesporte - Diego Guichard

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