quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Oposição admite derrota, mas questiona pontos do contrato com a Andrade Gutierrez




                         Oposição admite derrota, mas questiona pontos do contrato com a Andrade Gutierrez Mauro Vieira/Agencia RBS 
      Na véspera da votação no Conselho Deliberativo sobre o futuro da reforma do Beira-Rio para a Copa do Mundo, o movimento contra a parceria de 20 anos com a Andrade Gutierrez perde força, ainda que muitos conselheiros mantenham fortes restrições a determinados pontos do contrato. Nem mesmo a sugestão de realizar-se um referendo com os sócios para confirmar a união deverá ser proposta.
     Hoje, às 19h, uma reunião na sala do Conselho Deliberativo servirá para dirimir as dúvidas daqueles que leram o contrato. Participarão representantes dos escritórios Tozzini/Freire e Ernst & Young Terco, que auxiliaram a direção na formatação da associação com a empreiteira. Cerca de cem conselheiros são aguardados. Até ontem, 80 assinaram o termo de confidencialidade e tiveram acesso ao documento. O prazo para ler o documento se encerra às 19h de hoje.
     O Conselho Consultivo, formado por ex-presidentes e grandes beneméritos, aprovou a parceria por 16 votos contra cinco. Os vencidos na apreciação da minuta foram Vitorio Piffero, Ibsen Pinheiro, Luiz Antônio Lopes, José Asmuz e Alécio Ughini. 
     Mesmo admitindo a derrota na votação de amanhã, conselheiros contrários à parceria demonstram temor com relação a alguns pontos. Apontam que o Inter estaria pagando demais pela obra, observam ausência de segurança para a sequência do contrato e criticam a definição de São Paulo como foro para uma possível discussão judicial. Além disso, questionam que o CT não será bancado pela construtora e a utilização do estádio para treinos.
   – Nossa preocupação é que o contrato não oferece garantias. Até agora, elas não apareceram. E, pior, a Andrade Gutierrez pode sair da parceria a qualquer momento (há uma cláusula que permite a rescisão caso a empresa não obtenha financiamento do BNDES ou que a SPE, formada pela Andrade e seus investidores, não aceite os termos do empréstimo bancário) – lamentou Luiz Antônio Lopes, ex-presidente do Conselho Deliberativo e integrante do Conselho Consultivo do Inter.
     Maxi Carlomagno, assessor da presidência e um dos principais articuladores da parceria com a empreiteira mineira, assegura que o Inter analisou muito bem todos os pontos e cláusulas da minuta para evitar correr riscos.
     – O Inter tomou todas as precauções possíveis para obter um bom contrato. E a parceria com a AG será muito boa para o clube – garantiu Maxi.
Fonte: Zero Hora Esportes

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